A Briosa continua a deixar fugir as vitórias nos finais dos encontros. Nesta "nova era" do futebol academista já foram quatro pontos perdidos ingloriamente que podiam colocar a equipa numa posição excelente, se tivermos em conta todos os problemas que se têm vivido nesta época e a posição ocupada há algumas jornadas atrás.
Nelo Vingada decidiu manter a estrutura que apresentou na jornada anterior, isto é, a equipa apareceu a jogar num 4x3x3. Zé Castro não recuperou do problema muscular que o apoquenta desde o jogo com o Setúbal, pelo que foi substituído por Danilo no eixo a defesa. Para o lado esquerdo do sector, Vingada optou por fazer regressar Vasco Faísca que tinha cumprido castigo na jornada transacta. Assim, como o profesor optou por manter o meio campo, Tixier saiu da equipa titular. A Briosa alinhou com os seguintes jogadores no início do encontro: Pedro Roma; Nuno Luís, Zé António, Danilo e Vasco Faísca; Roberto Brum, Hugo Leal e Paulo Adriano; Kenedy, Luciano e Marcel.
O jogo com o Marítimo começou da melhor maneira para a Académica que entrou a dominar as operações. Aos onze minutos, Marcel volta a mostrar as suas credenciais e inaugura o marcador através da conversão exemplar de um livre. O resto da primeira parte decorreu com tranquilidade para os lados academistas que conseguiram sempre dominar as operações, não permitindo que os madeirenses se impusessem.
Na segunda parte o Marítimo entra de forma diferente. Mariano Barreto faz alterações no meio campo e ataque da equipa que fazem com que o futebol maritimista seja mais efectivo e "empurra" a Briosa para uma toada mais defensiva. Apesar disso, aos 58 minutos de jogo, Hugo Leal aparece isolado à entrada da área do Marítimo, mas a qualidade do remate não se mostrou a mais adequada pelo que Marcos não teve dificuldades em defender. A pressão do Marítimo intensificava-se e Pedro Roma comete uma fífia monumental que daria o empate aos insulares, o que só não aconteceu porque o peruano Lobatón, que tinha entrado na 2ª parte para reforçar o ataque, tocou a bola com a mão antes de a introduzir na baliza deserta. Pedro Roma tem que se mostrar mais concentrado, por forma a não acontecer esta inconstância nas suas exibições. Perto do final da partida vários acontecimentos se precipitam e fazem com a Briosa não consiga trazer para Coimbra uma vitória que seria excelente, face aos resultados dos adversários directos nesta jornada: Roberto Bum é expulso por acumulação de amarelos; Marcel cabeceia ao ferro da baliza de Marcos; e os centrais da Académica têm (talvez) a única falha em todo o jogo e permitem que Silas cabeceie a bola em plena grande área, dando o empate ao Marítimo.
A Briosa continua a subir de produção. Nota-se que a equipa está mais forte, quer a nível técnico-táctico, quer a nível psicológico, pelo que as exibições e os resultados demonstram isso mesmo. Com esta qualidade exibicional e com esta atitude todos devemos estar esperançados na manutenção na Superliga.
No entanto, para além do "amargo de boca" que trouxe do Funchal pelo facto da vitória ter fugido no último minuto, mais problemas vieram depois desta partida. Roberto Brum, por ter sido expulso, irá ficar de fora na próxima jornada, um jogo extremamente importante com a forte equipa do Rio Ave; assim como Tixier e Luciano que viram o cartão amarelo e completaram uma série de cinco, pelo que irão ter o castigo de um jogo de suspensão que cumprirão na próxima jornada. São dois titulares indiscutíveis e um jogador (Tixier) que se tem revelado importante em muitas partidas. Nelo vingada não terá uma semana fácil para conseguir "remendar" a equipa face a estas ausências tão importantes mas, VAMOS ACREDITAR!
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