terça-feira, 4 de outubro de 2005

DIRECÇÃO REAGE A NOTÍCIAS SOBRE INVESTIGAÇÕES JUDICIAIS

Em reacção à notícia emitida pelo "Diário de Coimbra", segundo a qual o presidente do Organismo Autónomo de Futebol da Académica estaria a ser investigado pela Polícia Judiciária devido a uma carta anónima que teria acusado José Eduardo Simões de ter usado a sua posição de director de urbanismo da Câmara Municipal para conseguir financiamentos para o clube em troco de benesses dos serviços por ele dirigidos, a Direcção emitiu, no site oficial do clube, um comunicado para repudiar a eventual veracidade de tal notícia. Aqui se transcreve na integra o referido comunicado:

"1. Na edição do dia 29 de Setembro de 2005 do Diário de Coimbra, em notícia que ocupa toda a página 6 da referida edição, com chamada de 1.ª página, intitulada “Financiamento da Académica na mira do Ministério Público. Judiciária investiga urbanismo municipal”, assinada por Nelson Morais, são produzidas afirmações e insinuações manifestamente lesivas do bom nome desta Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol, sua Direcção e respectivo Presidente.

2. Na aludida notícia, a coberto daquilo que o Senhor jornalista designa por “Fonte da PJ” é referida a suposta existência de um “inquérito” cujas investigações estariam a ser conduzidas “pelos investigadores da Directoria de Coimbra da PJ” , o qual terá sido desencadeado por “carta, enviada sob o anonimato, que apontam para o tratamento privilegiado que a Direcção Municipal de Administração do Território, liderada por José Eduardo Simões, alegadamente daria aos promotores de projectos imobiliários referidos, para garantir financiamento para a Académica” .

3. A Direcção da AAC/OAF e o seu Presidente, ao contrário do Senhor jornalista, nada sabem quanto à existência de qualquer processo de inquérito e, designadamente, o referido na notícia. Desconhecem, igualmente, a existência e o teor da suposta “carta, enviada sob o anonimato”. E se algum “inquérito” e “carta” efectivamente existirem, a Direcção da AAC/OAF e o seu Presidente aguardarão tranquilamente que disso venham a ser informados pela via normal que, num Estado de Direito, se encontra prescrita, quer para prestar todos os esclarecimentos que a investigação entenda adequados, quer para processar criminal e civilmente quem, a coberto do anonimato, macula a honorabilidade de uma instituição e dos que, como seus dirigentes, a servem.

4. O que, desde já, se afigura como manifestamente reprovável, do ponto de vista legal e ético, é a circunstância de o Diário de Coimbra, ao mesmo tempo que refere a existência de um “inquérito” , revelar sem qualquer pudor, factos que, segundo o próprio, estarão sob investigação no âmbito desse “inquérito” , bem como o teor das acusações e insinuações infames que constarão da “carta, enviada sob o anonimato” e que, segundo esse periódico, terá originado a abertura daquele.

5. O que, acrescidamente, suscita da parte desta AAC/OAF, da sua Direcção e Presidente, o mais vivo repúdio, é a postura do signatário da notícia que, sem a mínima reserva e contenção ética, se permite, num exercício especulativo absolutamente desregrado, engrossar o arrazoado do seu texto, lançando a suspeição sobre parcerias que a AAC/OAF e entidades privadas têm, ao longo dos últimos anos, construído na base de contratos regularmente firmados e sempre sujeitos à fiscalização das entidades públicas competentes.

6. A notícia, degradando-se à condição de amplificador de uma hipotética carta anónima, não apresenta, quando analisada com rigor e isenção, qualquer imputação concreta de actuação comparável por parte da AAC/OAF e do seu Presidente. Fica-se por generalidades e manipulações, relativamente às quais a AAC/OAF, a sua Direcção e Presidente, disso pode estar certo o Diário de Coimbra, não alimentarão os propósitos que a notícia em causa objectivamente revela. A defesa do bom nome e da honra da AAC/OAF e dos seus dirigentes será feita em sede própria. E aí não abdicará da reposição da verdade, com as consequências que daí advierem para os seus detractores.

7. A AAC/OAF manifesta o seu repúdio pela forma como o nome da Instituição tem sido usada neste período de campanha partidária autárquica. A AAC/OAF não deseja ser envolvida numa luta que não é a sua, e aguarda dos candidatos uma posição serena, mas inequívoca, no sentido de a Associação Académica de Coimbra / Organismo Autónomo de Futebol ser preservada de envolvimentos de qualquer tipo em disputas político-partidárias.

8. Por último: A Direcção da AAC/OAF aproveita a oportunidade para comunicar que, na próxima 5ª feira, dia 6, pelas 21 horas, no Pavilhão Jorge Anjinho, terá lugar uma reunião com a presença de todos os Órgãos Sociais da Instituição, para a qual são convidados todos os associados e órgãos de comunicação social. Essa reunião visa analisar e debater o actual momento da Académica/OAF. Estes, mais do que ninguém, querem saber a VERDADE.

A Direcção da AAC/OAF apela, por isso, aos associados para marcarem presença na reunião de 6 de Outubro.


Coimbra, 3 de Outubro de 2005


A Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol

A Direcção"

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