GANHÁMOS!!!

Finalmente a vitória do nosso contentamento. Mesmo sem fazer uma boa exibição a Briosa conseguiu hoje uma vitória extremamente importante na Superliga. João Carlos Pereira, tal como se esperava, apresentou a equipa num 4x3x3 em que Pedro Roma surgiu de novo como titular, trocando com o espanhol Dani. Na defesa, em relação à jornada anterior, houve uma modificação no centro com Vasco Faísca (muito nervoso durante todo o jogo) a actuar no lugar de Danilo, que ficou no banco. No meio campo também houve mudanças, com Tixier a aparecer na posição de trinco, que tinha sido ocupada por Faísca nas dois jogos anteriores. O francês fez um jogo bastente bom, quer na posição referida, quer a defesa central, lugar em que jogou na parte final do encontro, quando o Gil Vicente passou a jogar com dois pontas de lança fixos. Os outros dois elementos do miolo da Académica foram Ricardo Fernandes e Paulo Adriano. O primeiro fez um jogo agradável a dar um toque de classe à linha média da Briosa, só tendo como pecado o penalti não convertido, o que poderia ter-se revelado terrível para as aspirações academistas. Quanto a Paulo Adriano, não se pode dizer que tenha feito um grande jogo. Parece-me muito lento (ainda mais do que o habitual), no entanto, não é concebível que os sócios da Académica o tenham assobiado quando fez duas jogadas menos conseguidas ainda na primeira parte. ASSIM NÃO!

O ataque continua a padecer de falta de objectividade, essencialmente porque Joeano não se encontra em forma, apesar de ter sido ele a marcar o precioso golo da vitória num golpe de cabeça a corresponder a um lançamento de linha lateral!! de Fredy e aproveitando a saída em falso do guarda-redes Paulo Jorge. Kenny Cooper, que actuou como ponta de lança mais fixo, apesar de tentar movimentar-se o mais possível na frente de ataque, também não fez um grande jogo. Parece não estar ainda bem entrosado nas movimentações da equipa e, como veio de um futebol onde se pode jogar, actua da mesma maneira aqui em Portugal o que faz com que seja massacrado com faltas que lhe são marcadas pelos fraquinhos árbitros nacionais. Quanto a Luciano Fonseca, o melhor elemento do ataque da Briosa, e mesmo dos melhores da equipa, esteve bastante bem. Sempre muito lutador, foi dos seus pés que surgiu a assistência para o golo do empate por parte de Zé António numa altura em que a equipa se enervava cada vez mais ao ver-se em desvantagem e com o intervalo a aproximar-se a passos largos. Na segunda parte, Luciano foi o grande motor da equipa sendo quase sempre através dele que a equipa conseguia sacudir a pressão do Gil Vicente, fazendo alguns ataques pelo lado direito.

De referir ainda os três jovens que actuaram na segunda parte: Zé Castro, Sarmento e Nuno Piloto. O primeiro entrou para o lugar de Cooper, ocupando a posição de Tixier no meio campo, indo este para defesa central. Jogou bem, dando a força necessária para aguentar a pressão final do Gil Vicente. Sarmento também entrou desinibido chegando a fazer dois bons lances em que conseguiu progredir em drible através dos defesas contrários.

Enfim, uma vitória muito saborosa conseguida com muitas dificuldades, com uma exibição menos conseguida. No entanto, que não se faça como o "coveiro de equipas" Luís Campos que veio declarar que o resultado foi uma injustiça tremenda e que o Gil Vicente foi muito superior em todo o jogo. Não é verdade! O Gil teve mais posse de bola, especialmente durante a segunda parte, mas também não conseguiu um grande número de oportunidades de golo.

AGORA, QUE VENHA O SETÚBAL!