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A Briosa continua no bom caminho. Já lá vão oito partidas sem conhecer o sabor amargo da derrota. Quatro vitórias e quatro empates são os excelentes resultados conseguidos por um grupo que se mostra cada vez mais forte e personalizado.
Nelo Vingada escolheu a mesma equipa que tinha vencido o Estoril-Praia na jornada anterior. O esquema de 4x3x3, que tão bons resultados tem dado, também foi mantido pelo treinador da Briosa, que alinhou de inicio com: Pedro Roma; Nuno Luís, Zé António, Zé Castro e Vasco Faísca; Roberto Brum, Paulo Adriano e Hugo Leal; Luciano, Dário e Marcel. A Briosa controlou as operações desde o início do encontro, dando, de certa forma, o domínio territorial aos anfitriões que, contudo, nunca conseguiram criar lances de verdadeiro perigo para Pedro Roma, que acabou por ser um dos poucos espectadores que estiveram presentes no Restelo.
Com Roberto Brum a marcar de forma impecável o estratega Juninho Petrolina o futebol dos homens de Belém nunca conseguiu sair fluído, facto que foi muito importante para que a Académica conseguisse controlar as operações, e não tivesse passado por grandes aflições ao longo da partida. Apesar disso, não foi das exibições mais conseguidas dos homens comandados pelo professor Vingada. Pareceu que a Briosa não tentou muito a vitória, o que foi pena porque, se considerarmos o rumo que o jogo seguiu, se Vingada tivesse arriscado um pouco mais, talvez a vitória tivesse vindo para Coimbra. No entanto, temos de reconhecer que o empate não é um mau resultado. Dos adversários directos da Académica na luta pela manutenção, nenhum venceu nesta jornada, pelo que o empate é positivo, ainda para mais porque foi conquistado fora de portas. Se noutras situações a falta de ambição não se compreende, hoje, penso que podemos reconhecer a validade das opções do treinador da Académica.
Mesmo assim, as duas únicas claras oportunidades de golo em todo o encontro pertenceram à Académica. Na primeira parte, aos trinta e sete minutos, Dário consegue isolar-se frente a Marco Aurélio mas atira ao lado da baliza. No segundo tempo, Marcel desembaraça-se do seu marcador e, na meia lua da área do Belenenses, atira forte para uma excelente defesa do experiente guarda-redes de Belém.
Assim, pode-se dizer que o empate é ajustado ao que se passou no terreno de jogo mas a haver um vencedor, este só poderia ser a Académica, uma vez que dispôs das melhores oportunidades de golo, apesar dos comentários verdadeiramente vergonhosos dos senhores da Sport TV. Se alguém não estivesse a ver o jogo, ouvindo apenas os comentários debitados por aqueles dois senhores, pensaria que a Académica estava a ser massacrada e que o Belenenses fazia uma exibição de sonho. Enfim, nada a que não estejamos habituados...
O momento menos positivo para a Académica aconteceu com a lesão de Zé Castro num lance em que Lourenço se atira para o chão reclamando grande penalidade, por ter levado um pequeno toque do jovem central academista na região da coxa direita (queixando-se depois do pé). Na sequência desse lance, Zé Castro sofreu um entorse no pé esquerdo e teve de ser substituído por Danilo. Todos esperamos que a lesão não seja grave de maneira a que a dupla de centrais, que tão boa conta do recado tem dado até ao momento, se possa manter. Isto apesar da excelente exibição que Danilo rubricou em Belém.
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