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terça-feira, 23 de novembro de 2004

GRANDE EXIBIÇÃO - RESULTADO SABE A POUCO



Excelente jogo de futebol aconteceu ontem à noite no Cidade de Coimbra. A Briosa realizou a melhor exibição da época. Fez uma partida com garra, com velocidade e com qualidade, pecando na finalização, o que lhe custou a vitória, que seria o resultado mais justo, pois uma equipa que faz 17 remates à baliza adversária merece vencer o jogo. João Carlos Pereira optou por manter a mesma estrutura que deu a primeira vitória fora de portas mudando apenas uma posição por castigo de Nuno Luís. Para a sua posição foi escolhido o jovem Nuno Piloto que, apesar de não ser o lado direito da defesa a sua posição natural, poderá adaptar-se bem e ser uma boa alternativa ao sub-capitão da Briosa. O 4x4x2-losango; com Vasco Faísca a assumir a posição de trinco e a área central da defesa a ser preenchida por Zé António e Zé Castro; tendo como organizador de jogo Rafael Gaúcho e as outras duas posições do meio campo a serem ocupadas por Dionattan (mais para o lado direito) e por Ricardo Fernandes (mais para o lado esquerdo); e o ataque a ser protagonizado por dois avançados bastante móveis: Dário e Luciano; parece ser o esquema que mais favorece as características dos atletas da Briosa e que tem dado melhores resultados e exibições.

OS ARTISTAS UM A UM:
Pedro Roma: Fez uma exibição em que alternou lances em que se mostrou seguro e concentrado (como no momento em que saiu ao pés de Zé Pedro que apareceu isolado à sua frente), com outros em que podia ter feito algo mais (como é o caso do lance do golo). Não foi dos melhores jogos que realizou esta época.
Nuno Piloto: João Carlos Pereira decide dar-lhe a responsabilidade de substituir o castigado Nuno Luís no lado direito da defesa. Entrou nervoso, fazendo uma 1ª parte pouco conseguida dando espaços perigosos a Zé Pedro e não conseguindo subir no terreno. Na 2ª parte apareceu muito mais tranquilo, fechou melhor o seu flanco, cortou vários lances de um contra um e lançou várias jogadas de contra ataque. Uma opção que se poderá revelar de grande utilidade para defesa direito.
Fredy: Teve o azar de lhe aparecer pela frente Juninho Petrolina. O brasileiro do Belenenses alia uma técnica fabulosa a uma grande velocidade de execução, o que fez com que Fredy tivesse grandes dificuldades para o anular (o que nunca conseguiu) e não se aventurasse no ataque. Jogo fraco do defesa esquerdo.
Zé António: Mais uma actuação segura em que a sobriedade e a simplicidade de métodos marcam o seu jogo. Apenas um lance na 1ª parte em que Neca aparece a cabecear à vontade na grande área se pode considerar como responsabilidade sua,no entanto, o marcador directo do jogador do Belenenses era Vasco Faísca pelo que as culpas são repartidas, de resto, impecável.
Zé Castro: Tal como o seu companheiro do centro da defesa rubricou uma excelente exibição. Este jovem parece ter a experiência de um veterano, parecendo sempre muito calmo e concentrado. Rodolfo Lima não conseguiu arranjar um único espaço para tentar marcar. Actuação sem falhas do internacional Sub-21 da Briosa.
Vasco Faísca: Coube-lhe, mais uma vez, a missão de ocupar a posição mais recuada no meio campo. Cumpriu, outra vez, de forma exemplar. Teve pela frente o organizador de jogo de Belém, Neca, conseguindo controlá-lo e não o deixando pegar no jogo como ele pretendia. Apenas uma vez o deixou sozinho no cabeceamento que saiu por cima de baliza. O trinco, para além de destruir o jogo atacante do adversário também conseguiu sair a jogar por diversas vezes, demonstrando que tem bons pés.
Dionattan: De longe, a melhor exibição da temporada. Há muitos meses que não se via "este" Dionattan a jogar. Actuou no meio campo, descaindo para o lado direito. Esta exibição faz lembrar os primeiros jogos em que actuou pela Académica. Bom sentido posicional, agressividade na recuperação da bola e velocidade. Especialmente na 1ª parte conseguiu fazer jogadas de ataque rápido conduzidas por ele desde a defesa até ao ataque, apenas falhando no último passe. Esperemos que seja para continuar.
Ricardo Fernandes: Teve a mesma missão de Dionattan, só que descaindo para o lado contrário. Apesar de ter estado melhor do que em partidas anteriores, ainda não conseguiu uma exibição de grande classe. Falta-lhe algum poder físico e parece que fica nervoso com a bola nos pés, o que é estranho para um atleta que actuou no campeão nacional e europeu. Quando saíram Rafael Gaúcho e Luciano, coube-lhe a missão de marcar as bolas paradas e também neste aspecto não foi feliz.
Rafael Gaúcho: Foi o elemento mais avançado do meio campo da Académica. Bons pormenores, excelentes passes, tanto curtos, como longos, a rasgar a defesa do Belenenses. A sua exibição decaiu na 2ª parte, no entanto, ainda fez um remate muito perigoso, em que Marco Aurélio se teve de aplicar, antes de sair.
Luciano: Mais uma partida excelente. Dinamiza de forma decisiva o ataque. Logo aos 30 segundos de jogo desmarcou-se pelo lado direito e disparou cruzado, obrigando Marco Aurélio a uma defesa muito apertada. Foi o início de uma exibição ao melhor nível. Tenta sempre imprimir velocidade no seu jogo, não tem medo de partir para o um contra um face ao adversário directo. Demonstra grande "coração" não desistindo das jogadas, pressionando os defesas. Prova que os brasileiros também podem jogar assim, isto é, sempre a grande ritmo, dignificando a camisola que envergam. Deu uma boa resposta às pessoas que pensam que só os jogadores-estudantes conseguem viver a mística da Briosa. É claro que o brasileiro não pode sentir todo o peso da história da Académica (por enquanto) mas o seu profissionalismo faz com que "dê o corpo ao manisfesto" até ter forças para lutar. Para além de tudo isto, também marca cantos com qualidade, como o que deu o golo a Dário. A par do moçambicano, foi o melhor jogador da Briosa. Bonita a "chuva" de aplausos com que foi brindado quando foi substituído.
Dário: Faz uma parelha de ataque temível com Luciano. A mobilidade dos dois é muito complicada para as defesas contrárias. Aos poucos vai aparecendo o "velho" Dário que tantas alegrias deu aos academistas. Já consegue fazer lances de um contra um de grande classe. Marcou o golo e poderia ter marcado outro se, mais uma vez, o azar não lhe tivesse batido à porta e a bola não fosse ao poste da baliza do Belenenses, passeando-se depois pela linha de golo, sem a ultrapassar. Reparte os louros de melhor jogador da Académica com Luciano.
Joeano: Entrou para substituir o esgotado Luciano, mas nunca conseguiu fazer esquecer o seu compatriota. Está longe do que demonstrou na época passada.
Tixier: Substituiu Rafael Gaúcho, numa altura em que a Briosa vencia, para tentar dar mais força ao meio campo, de maneira a segurar a vantagem. Não foi muito feliz, mostrou-se trapalhão, especialmente a sair para o ataque.

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