Vem hoje à estampa no jornal "A Bola" uma entrevista com o Presidente da Assembleia Geral da AAC/OAF, Almeida Santos. É óbvio que o tema de conversa são as acusações do Ministério Público contra José Eduardo Simões. Desta conversa deve-se realçar a confiança que Almeida Santos deposita no presidente da direcção, chegando mesmo a afirmar que "... considero o José Eduardo Simões um homem impecavelmente sério". O presidente da mesa da Assembleia Geral vai mais longe : "O José Eduardo Simões colocou-me à vontade para decidir e eu disse-lhe claramente que não via razões para que se demitisse".
Aqui fica a entrevista na íntegra:
-Na qualidade de Presidente da Assembleia Geral, como reage aos últimos desenvolvimentos do processo contra José Eduardo Simões?
-Ainda não conheço todos os pormenores da acusação, mas conheço a versão que me foi transmitida pelo José Eduardo Simões. E a minha reacção é dizer que considero o José Eduardo Simões como um homem impecavelmente sério. Esta acusação não abala em nada a forma como o vejo.
-Mas o presidente da Académica foi acusado de crimes de corrupção passiva e tráfico de influências...
-Foi acusado por ter solicitado apoios financeiros para a Académica, um clube financeiramente débil. É preciso perceber se o fez na qualidade de funcionário da Câmara ou como presidente da Académica. A acusação dá como provado que o dinheiro entrou na Académica. O dinheiro não foi para o bolso de José Eduardo Simões. Logo aí, a parte mais negativa da corrupção passiva não se coloca. A verdade é que todos os sócios da Académica, incluíndo eu, pedem apoios para o clube. Ele terá feito isso mais do que ninguém, porque é ele que gere as finanças da instituição. Agora, será que aquilo que ele recebeu terá tido como preço a violação das regras enquanto funcionário da Câmara? Poderá ter alguma culpa aí, mas se é apenas porque pediu apoios financeiros para a Académica, qual é a gravidade da culpa dele no que diz respeito aos sócios?
-José Eduardo Simões tem, portanto, o seu total apoio...
-Volto a dizer que é, para mim, um homem impecavelmente honesto e espero que o julgamento, se o houver, prove isso.
-Não vê razões para que se demita?
-O José Eduardo Simões colocou-me à vontade para decidir e eu disse-lhe claramente que não via razões para que se demitisse.
-Pondera marcar uma Assembleia Geral para que os sócios decidam?
-Ainda não me decidi. Tenho de falar com os restantes órgãos da direcção, com o próprio presidente e só depois é que tomarei uma decisão.
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