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segunda-feira, 9 de janeiro de 2006

UM PONTO DA MADEIRA

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A Académica conseguiu sair da Madeira com mais um empate. É um resultado que tem de se considerar positivo, primeiro porque se trata de um adversário directo, segundo porque se tratou de um jogo fora de casa e num terreno sempre dificil para os adversários. Nelo Vingada optou por jogar com três centrais para fazer face ao sistema adoptado por Paulo Bonamigo, que joga com dois avançados em "cunha". O professor escolheu os seguintes jogadores para iniciar a partida: Pedro Roma; Nuno Luís, Zé Castro, Danilo, Hugo Alcântara e Ezequias; Roberto Brum, Nuno Piloto, Filipe Teixeira e Luciano; Joeano.
A Académica entrou bem a jogar no meio campo adversário e assumindo as despesas do jogo. Joeano esteve sempre muito empenhado, na segunda vez que jogou a titular nesta temporada. O bom jogo da Briosa foi premiado com o golo, através de Joeano, que se desmarcou bem, recebeu um magnífico passe de Filipe Teixeira e conseguiu desfeitear Marcos, quando este saiu da baliza. A Académica jogava de maneira agradável mas o principal problema desta equipa (as bolas paradas na defesa) viria a fazer-se sentir novamente. Na marcação de um pontapé de canto o Marítimo empata com a defesa da Briosa a ver o avançado madeirense cabecear sem oposição efectiva. Os jogadores não se deixaram abater com esta contrariedade e depois de um espectacular toque de calcanhar de Joeano perto da linha lateral, Filipe Teixeira coloca a bola na grande área, aparecendo Nuno Piloto livre de marcação a rematar ao poste. Azar numa bela jogada que merecia outro desfecho. No entanto, os problemas no sector mais recuado da equipa ainda não tinham acabado. Danilo, quando tinha a bola controlada perde-a infantilmente para um adversário que apanha toda a equipa da Académica em contrapé e avança rapidamente para a grande área da Briosa. Zé Castro não assume uma posição de maior agressividade perante o atacante e, depois de uma finta do adversário, acaba por cair, deixando o terreno completamente livre para o jogador do Marítimo fazer o golo que dava à equipa insular a vantagem no marcador. Terminava assim aprimeira parte com um resultado que denotava uma grande dose de injustiça para a Académica.

Nelo Vingada mexe na equipa logo aos 57 minutos de jogo assumindo logo desde o início da 2ª parte que pretendia sair da Madeira com outro resultado que não a derrota. Assim, o treinador tirou Ezequias e Nuno Piloto e fez avançar para o terreno Sarmento e Dionattan. A equipa assumia assim uma postura mais marcadamente ofensiva, no entanto, não apareciam as oportunidades de golo. Na etapa complementar, pertenceu até aos donos da casa o lance de maior perigo, chegando a bola a entrar na baliza da Académica, mas o árbitro anula o lance por fora de jogo do avançado do Marítimo. Vendo que as coisas não corriam como pretendia, o treinador da Briosa, força ainda mais no ataque e lança na partida o outro ponta de lança que tinha no banco: Gelson. O brasileiro entra para o lugar de Danilo, o que deixava perceber que o professor pretendia dar o tudo por tudo logo aos 67 minutos de jogo, assumindo uma posição de activa procura por um resultado positivo, atitude que muitas vezes não aconteceu por parte do treinador da Académica em jogos anteriores. Saúda-se a nova postura e espera-se que seja para manter no futuro! Não conseguindo atingir os objectivos, apesar de todas as mexidas na equipa, Vingada ordena a Alcântara que avance para jogar como ponta de lança, numa atitue de "perdido por um, perdido por cem" que viria a dar resultados. Em mais um lance de ataque da Briosa, Filipe Teixeira remata da fora da área, a bola tebela num defesa do Marítimo e sobra para Hugo Alcântara que rodou para a baliza e rematou de primeira, sem dar hipóteses ao guarda-redes adversário. Mais um golo decisivo de um jogador que tem sido mais um dos alvos escolhidos por alguns adeptos com intenções obscuras e que têm feito uma campanha vergonhosa contra ele e outros elementos do plantel da Académica. Poucos minutos depois o jogo terminava e a Académica conseguia assim sair da Madeira sem conhecer o sabor da derrota, tal como já tinha acontecido na partida frente ao Nacional da Madeira. Um resultado que se pode considerar positivo e que dá à Briosa 19 pontos no final da 1ª volta da liga.

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