ACADÉMICA 3-ESTRELA 3
Alguns adeptos da Académica têm vindo a defender que a Briosa, desde que Domingos Paciência assumiu as funções de técnico principal, tem vindo a ser ajudada pelas arbitragens (imagine-se!!), chamando a isso "afilhadices". Não sei se o jogo de hoje será um dos exemplos que irão apresentar para defender a sua tese. Uma boa escolha talvez seja aquele lance em que o árbitro Reforço transforma um canto a favor da Académica em pontapé de baliza e, na mesma jogada, não assinala uma falta nítida sobre Pavlovic, que levou a que a defesa da Briosa fosse apanhada em contra-pé e sofresse o 2º golo do Estrela, relançando assim uma partida que estava sentenciada a favor da Académica. Outra boa escolha poderá ser também um puxão na camisola de Joeano que o impediu de chegar a um cruzamento da esquerda do ataque, lance que ocorreu já em tempo de descontos, após o golo do empate. Enfim, muitos lances óptimos para defender a tese que a Académica anda a ser ajudada. Mas que grande Reforço me saiu este árbitro novato, hem? Já está bem integrado no seio dos outros arguídos...
Domingos fez apenas uma alteração relativamente à partida da última jornada, fazendo sair Cris e dando lugar a Tiero no meio campo da Velhinha. Assim, o onze que iniciou o jogo foi o seguinte: Pedro Roma; Nuno Piloto, Orlando, Káká e Pedro Costa; Pavlovic, Tiero e N´Doye; Miguel Pedro, Lito e Joeano. Com excepção dos momentos iniciais, a Académica entrou a dominar as operações e a jogar um futebol agradável. Apesar disso, não se criavam muitas situações de golo, com excepção para um remate de cabeça de Joeano. Depois de um susto provocado por uma desatenção de Tiero que quase deu o golo ao adversário, a Briosa conseguiu marcar, através de Lito, que aproveitou bem um passe magnífico de Pavlovic, que o isolou face a Nélson. No entanto, a Académica não conseguiu segurar a vantagem e sofreu o empate através de Maurício num potente remate de cabeça desferido à entrada da área.
Para a segunda parte, Domingos resolve substituir Tiero, que não justificou a chamada ao onze titular, por Hélder Barbosa. Logo no reatamento a Briosa volta a colocar-se em vantagem, novamente por Lito, que, ao primeiro poste, emenda bem um cruzamento muito bem tirado por Hélder Barbosa. Novamente os académicos se enchiam de esperança num desfecho positivo. E tinham razões para isso, pois a equipa passou a praticar um futebol bonito e objectivo, com desmarcações, jogadas ao primeiro toque, tabelinhas, enfim, um futebol magnífico (a melhor exibição da época) que só poderia conduzir à vitória. É nesta toada que aparece o terceiro golo dos pretos, a coroar uma jogada de excelente entendimento entre Miguel Pedro e Lito no lado direito do ataque. O segundo volta a marcar e a fazer o hat-trick, que o faz ser o melhor em campo. A partir deste momento começa a aparecer o reforço do Estrela, com decisões, no mínimo esquisitas, e estranhas se tivermos em conta que fez uma arbitragem normal no primeiro tempo. O que se terá passado no intervalo? Como já foi referido atrás, o Estrela consegue o 2º golo com a ajuda esmerada do seu reforço e relança uma partida que estava perdida e bem perdida. Apesar disso, a Académica continua a atacar e Miguel Pedro e N´Doye tiveram nos pés a possibilidade de ampliar a vantagem. O reforço do Estrela continuava o seu trabalho de empurrar a Briosa para trás e, numa das inúmeras faltas que conseguiu descortinar a favor dos forasteiros, os visitantes conseguíram empatar o jogo, sem saberem ler nem escrever, num lance em que a bola é bombeada para a área da Briosa e o central Wagnão aparece em posição muito duvidosa a cabecear para o fundo da baliza de Roma, que ficou entre os postes quando deveria ter saído ao cruzamento.
Em suma, um resultado muito injusto para a Académica, que fez a melhor exibição da temporada. Perdemos uma bela oportunidade para entrar em lugares mais tranquilos da tabela classificativa, mas a exibição faz-me acreditar que esta equipa pode fazer uma Liga bem positiva!
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