Ontem a Briosa conseguiu a primeira vitória na liga desta época. Na estreia, Domingos Paciência não inventou e optou por um sistema que há muito se tinha visto que era o mais adequado face às características do plantel: o 4x3x3. As surpresas vieram de alguns dos titulares escolhidos, nomeadamente Orlando, Fofana, Miguel Pedro e Ivanildo. Assim, os onze que iniciaram a partida com o Paços foram os seguintes: Pedro Roma; Pedro Costa, Orlando, Káká e Vinha; Paulo Sérgio, Tiero e Miguel Pedro; Ivanildo, Fofana e Vouho. Ninguém esperava que a equipa se mostrasse desde logo desinibida e a praticar um futebol de "encher o olho". Domingos, ao contrário do que seria de esperar, colocou Miguel Pedro no centro do terreno a comandar o ataque e Fofana como extremo, opção que foi bastante bem conseguida no que respeita ao segundo, mas que não correu assim tão bem para Miguel Pedro. A primeira parte não correu muito bem. Os nervos imperavam, mas mesmo assim, era a Académica que dominava as operações. Os adversários só por uma vez criaram algum perigo, na sequência de uma bola parada e da confusão que se gerou na área academista. Não conseguindo chegar com perigo à baliza pacense, os estudantes optaram por remates de longe, destacando-se neste aspecto Tiero. Mais uma vez demonstrou que tem uma temível "meia distância" que certamente irá dar muitas alegrias aos académicos.
A segunda parte foi completamente diferente. Domingos não ficou à espera de ver como o jogo se poderia desenrolar e, pouco depois do reinício, decide colocar em campo Joeano no lugar de Vouho e, pouco depois, faz sair Ivanildo para lançar Hélder Barbosa. A partir deste momento o Paços, que já não atacava muito, deixou de existir. O jogo só tinha um sentido, o da baliza dos visitantes. Barbosa apesar de ter entrado só na 2ª. parte, cotou-se como o melhor em campo. A equipa jogava com uma garra, um querer e uma alegria que há muito tempo não se viam. Os atletas pressionavam os adversários, lutavam e, como é óbvio, encostavam o Paços de Ferreira "às cordas", facto para o qual contribuiu decisivamente a entrada de Cris para o lugar de Miguel Pedro, substituição que veio trazer o equilíbrio que por vezes faltava no centro do terreno. Finalmente, aos 85 minutos, surge o momento alto da partida. Helder Barbosa entra pelo meio com a bola dominada, passa por vários adversários, entra na área e, apesar de ter caído, consegue levantar-se, tirar Peçanha do caminho, e alvejar a baliza pacense. GOLO! Um golo que resume bem como jogou a Briosa ontem: garra, querer e grande atitude competitiva!
É claro que esta vitória não quer dizer mais do que isso mesmo: uma vitória. Não quer dizer que a equipa passa a ser a melhor depois de ter sido a pior. No entanto, o que me deixa verdadeiramente satisfeito é constatar que a equipa joga com alegria, tem espírito de grupo e está com o treinador, coisas que há muito não se viam!
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