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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O EQUÍVOCO

Quem analisar o plantel da AAC/OAF facilmente repara que o número de médios que o constituem é muito significativo. Nada menos de sete. A saber: Keita, Flávio, Makelele, Marcos Paulo, Bruno China. John Ogu e Cleyton. Posto isto, rapidamente se pode afirmar que o treinador pretenderia um esquema tático à volta de um 4x4x2, isto é, em que existe um bom povoamento do miolo do terreno. Só nos últimos dias de mercado de transferências é que apareceram dois extremos puros para o plantel: Wilson Eduardo e N´Gal. Até à sua chegada, apenas Marinho (e Magique, enfim) eram jogadores para atuar nessas posições (Afonso não é, nunca foi e penso que nunca será, um extremo. É um segundo avançado, um avançado móvel). Na pré-época muitas vezes a equipa atuou em 4x4x2 e só depois o treinador decidiu fazer uma mudança radical e voltar ao seu tradicional 4x3x3.

Há seis meses que a Académica não consegue vencer em casa nos jogos a contar para a liga. É um valor assustador que só não nos relegou para a liga orangina na temporada transata, porque tínhamos conseguido fazer um bom "pé de meia" na primeira volta da liga e em alguns jogos fora de portas. Nesta altura, a situação é diferente: continuamos sem ganhar em casa, mas o início de liga não está a ser nada de extraordinário. Podem vir aí tempos de muito sofrimento, até porque o próximo adversário é o campeão nacional e porque, com tantos lesionados e castigados vai ser difícil conseguir apresentar uma equipa, quanto mais uma equipa competitiva.

Mas se o plantel tem qualidade (pelo menos no papel) e tem quantidade, porque é que apresenta este miserável pecúlio nos jogos efetuados em Coimbra? A questão é que, tirando os estarolas, mais o Sporting de Braga, todos os adversários vêm jogar a Coimbra bem fechados, com aquilo a que se chama agora de "bloco baixo", pressionando bastante o portador da bola e povoando muito o meio campo. O treinador continua, teimosamente, a colocar a equipa a jogar num 4x3x3 desastroso perante este tipo de adversários. O meio campo não consegue pegar no jogo porque está em inferioridade numérica e porque os médios que constituem o plantel não têm as características adequadas para jogar num 4x3x3 em ataque continuado. Cleyton seria um magníficao médio organizador num sistema de quatro médios em que tivesse menos preocupações defensivas. Makelele é magnífico a pressionar e a preencher espaços, mas no passe é medíocre, o que não pode acontecer quando temos apenas três médios a jogar. Nestas circunstâncias, como o meio campo não consegue "pegar" no jogo, as saídas para o ataque, quase sempre se fazem da mesma maneira: o guarda redes dá para um dos centrais, que joga com um lateral ou com o outro central, porque não tem linhas de passe para o meio. Depois de algumas trocas de passe, um central ou um lateral faz  um passe em profundidade para o ataque. A grande maioria das jogadas está condenada ao insucesso, como é óbvio. Acresce a isto o facto de o treinador, apesar de continuar a jogar em 4x3x3, só ter dois jogadores com características de extremo a jogar com regularidade: Marinho e Wilson Eduardo. Afonso, como já escrevi atrás, não é um extremo. É um segundo avançado, um avançado móvel que poderia render bem mais se atuasse onde devia. N´Gal parece que não conta para o treinador (agora também está lesionado) e Magique é o que todos sabemos, por enquanto. Isto quer dizer que o treinador insiste num esquema tático sem ter os jogadores necessários para que possa ter sucesso.

Assim, continua a equipa a arrastar-se nos jogos em casa e a fazer um ou outro brilharete contra equipas teoricamente mais fortes, porque o 4x3x3 funciona bem com equipas que joguem "abertas", para ganhar.

ATÉ QUANDO?

2 comentários:

... (o verdadeiro) disse...


(..) um esquema À volta (...) e não "há" volta ...

Rui disse...

Em Portugal existem 4 equipas que jogam ao ataque contra a BRIOSA.

Estarolas e Braga. Contra estas o 4-3-3 resulta como se tem visto nos ultimos tempos (2 vitorias, 3 empates e 3 derrotas contra estarolas e 1 empate em casa contra o braga em que dominamos o jogo e 1 derrota fora onde fomos prejudicados e tivemos o azar do jogo)

Nesse tipo de jogos podemos jogar com dois extremos e apenas um avançado em campo.


Contra todas as outras equipas que quando se deslocam a Coimbra ficam felizes com o pontinho a malta tem é de jogar em 4-4-2.

Para mim nesses jogos a equipa titular tinha de ser a seguinte (alterar conforme as lesoes)

Ricardo
Galo - Real - Reiner - Cabral
China-Makelele - Ogu - Cleyton
Edinho Cisse

Com todas estas lesoes acabaria por se alterar a defesa toda mas depois para ir rodando os jogadores o Afonso jogava como Avançado (a sua posição de origem) assim como o Wilson Eduardo. Marinho, Ngal e o proprio WEduardo podiam entrar quando tivessemos a ganhar 2-0 para passar a jogar em contra ataque ou quando queremos esticar o jogo obrigando o adversário a fechar as alas tambem.

Com este 4-4-2 a equipa tinha mais presença no meio campo, tinha mais facilidade em circular a bola. E no futebol quem tem a bola tem mais probabilidade de marcar golos. Isto se a posse de bola não for nos defesas centrais....