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domingo, 19 de março de 2006

33 PONTOS JÁ CÁ CANTAM

Depois de mais uma jornada da liga, a Briosa mantém a distância pontual que a separava da fatídica linha de água antes da realização do jogo de Guimarães, facto extremamente importante, uma vez que o final da liga está mais perto e a distância para o abismo mantém-se.

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Prognosticava-se um jogo extremamente dificil para a Briosa em Guimarães. Para além da subida de forma inequívoca, como provam os resultados mais recentes, do adversário; também a habitual afluência de público absolutamente fanático, costuma ser muito elevada. Foi o que aconteceu esta tarde. Assistiram à partida 18.000 pessoas que se comportaram como é habitual, ou seja, como uns verdadeiros energúmenos, atirando pedras aos adeptos da Académica que se deslocaram à cidade dessa gentalha. Nelo Vingada, tando vários impedimentos para a formação do onze inicial, decidiu-se pela equipa mais óbvia, se exceptuarmos a escolha do guarda-redes. O professor voltou a apostar no espanhol Dani. Esta escolha percebe-se porque o habitual suplente cumpriu bastante bem o seu papel nos jogos em que Pedro Roma não pôde dar o seu contributo à equipa e seria um pouco injusto voltar a relegá-lo para o banco dos suplentes sem nenhum motivo para tal. Provavelmente, depois da partida desta tarde, haverá motivos para voltar a ser suplente. A equipa que principiou o jogo foi constituída por: Dani; Pedro Silva, Hugo Alcântara, Zé Castro e Vítor Vinha; Roberto Brum, Filipe Teixeira, Dionattan e Ezequias; Gelson e Joeano. Apesar de não ter três defesas centrais disponíveis para voltar a apresentar a táctica utilizada frente ao Sporting no jogo dos quartos de final da taça, Nelo Vingada decidiu-se por um sistema em que Zé Castro, Alcântara e Vinha, se assumiam como os homens mais recuados da equipa, enquanto que Pedro Silva e Ezequias actuavam mais sobre o meio campo, tentando desenhar um 3x5x2. A equipa deu mais uma excelente resposta frente a um concorrente directo. Os espanhóis nunca conseguiram pegar no jogo e a Académica nunca passou por grandes calafrios. Até sair devido a lesão, por volta dos 30 minutos de jogo, Dionattan, foi o grande dinamizador do ataque, com as suas características arrancadas com a bola controlada. Infelizmente ressentiu-se de uma lesão e teve de ser substituído por Nuno Piloto, que cumpriu bem a sua missão, se bem que sem o esplendor do brasileiro. Mas antes disso, aconteceram os golos. A Briosa foi a primeira a marcar, dando expressão ao ascendente que vinha a demonstrar dentro de campo. Aos 28 minutos, num lance de bola parada, Pedro Silva faz um excelente cruzamento para Joeano que não perdoa e faz o seu oitavo golo na liga. Infelizmente os jogadores da Académica nem tiveram tempo para saborear o golo, uma vez que, 2 minutos depois, os espanhóis fazem o empate. Dani não consegue segurar uma bola e deixa que ela se escape para a frente, onde aparece Saganovski (em posição muito duvidosa) a empurrar para o fundo da baliza. Estava restabelecido o empate, resultado injusto para a Briosa, e com o qual se chegaria ao intervalo.

A segunda parte foi bastante diferente da etapa inicial. A Académica passou a actuar de uma forma mais calculista. Nelo Vingada talvez tenha decidido dar ouvidos ao provérbio: "mais vale um pássaro na mão, do que dois a voar". A Briosa passou a ficar mais na expectativa, apesar do perigo que representa jogar para o empate. Se na 1ª parte Dionattan foi o melhor em campo, na 2ª apareceu um fantástico Pedro Silva a ser um verdadeiro motor do lado direito da Académica. Só mesmo perto do final do jogo é que aconteceram alguns lances de perigo. Pedro Silva, num dos seus slaloms foi travado em falta ficando algumas dúvidas se não deveria ter sido marcada uma grande penalidade contra os espanhóis. Nos últimos minutos, Alcântara consegue um corte providêncial para canto, provocando a habitual reacção dos energúmenos vimaranenses a pedir penaltie, tentando pressionar o árbitro que, por acaso, fez um trabalho imparcial, coisa que deve ser realçada por ser tão rara nos jogos da Académica. Mesmo sobre o final Dani voltou a "tremer", quase provocando o golo do Guimarães ao lagar uma bola na sua área.

Este empate, se bem que possa saber a pouco depois do que se passou na terra dos espanhóis é um resultado muito positivo para que se possa encarar com tranquilidade a dificil partida contra os lideres da liga que se disputará na próxima jornada.

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