Como já tinha escrito anteriormente, a vitória em Leiria só seria verdadeiramente importante se a Briosa conseguisse levar de vencida o Penafiel. Foi isso que aconteceu, permitindo assim que a equipa possa ter alguma tranquilidade para enfrentar o que resta da liga.
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Nelo Vingada permaneceu fiel à equipa que tem iniciado as últimas partidas e que tem dado boa conta de si. Por isso, fez alinhar: Dani; Pedro Silva, Zé Castro, Danilo e Vítor Vinha; Roberto Brum, Filipe Teixeira, Dionattan e N´Doye; Gelson e Joeano. Não foi um jogo muito conseguido por parte da Académica. A equipa nunca se conseguiu libertar e jogar um futebol desenvolto, no entanto, nesta etapa inicial da partida, criou oportunidades mais do que suficientes para ir para o intervalo em vantagem. A Briosa controlava as operações sem grandes sobressaltos, apesar do seu meio campo não ter produzido o habitual. Nomeadamente Roberto Brum esteve muito complicativo, não conseguindo libertar a bola em boas condições par os seus companheiros. Por outro lado, N´Doye, apesar de ser muito útil e importante para ajudar Vítor Vinha nas tarefas defensivas do lado esquerdo, ainda não conseguiu mostrar os atributos que todos lhe vimos apresentar nos clubes anteriores, pelo que sempre que a bola lhe chaga aos pés para a construção de um lance ofensivo, não sai em boas condições. Na frente, Joeano e Gelson eram solicitados essencialmente por bolas em profundidade, muitas das vezes por Zé Castro, que consegue fazer passes a 30, 40 metros com uma precisão fabulosa. Apesar de não jogar bem, a Académica teve várias oportunidades para chegar ao golo. Pedro Silva, por duas vezes na marcação de livres directos, proporcionou duas excelentes defesas ao guardião penafidelense. Também Gelson teve uma oportunidade e Joeano, isolado e descaído para o lado direito do ataque, rematou ao poste da baliza dos visitantes. Dani não fez uma única defesa de registo. Apesar de todo este caudal ofensivo, a verdade é que o intervalo chega com o nulo no marcador, o que era, no mínimo, lisonjeiro para os últimos classificados da liga.
A segunda parte começa com o golo da Briosa. Lance de ataque , a defesa do Penafiel corta a bola para a frente da área, onde aparece Filipe Teixeira a encher o pé e a marcar mais um golo espectacular. Com este golo para tranquilizar a equipa logo no início da etapa complementar, pensar-se-ia que a Académica pudesse jogar com mais calma e partir para uma boa exibição. Isso não aconteceu. Na verdade, o futebol praticado era cada vez menos vistoso. O meio campo de Coimbra nunca conseguiu produzir lances "limpos" para o ataque, o que se mostrava cada vez mais perigoso, não porque o Penafiel estivesse a fazer muito para chegar ao empate, mas porque num lance de sorte, isso poderia acontecer, o que conduziria a muitas dificuldades para a Briosa chegar à vitória, tendo em conta a fraca exibição que estava a realizar. Nelo Vingada ia procedendo a alterações para tentar fazer com que o meio campo carburasse. A primeira foi a entrada de Luciano para o lugar de Gelson. Com esta alteração, Dionattan ia mais para o centro do terreno, ficando Luciano com o lado direito. Vingada tentava assim ganhar superioridade numérica no miolo para que se pudesse construir mais jogadas de ataque. É verdade que se conseguiu melhorar um pouco a velocidade, devido às arrancadas de Luciano, mas a qualidade não foi muito superior. Para além disso, entrou em jogo mais um elemento, o árbitro auxiliar do lado da antiga central descoberta, o aveirense Marcílio Pinto. Este senhor conseguiu inviabilizar nada mais, nada menos, que 4 ataques perigosos da Briosa, quer ao arrancar foras de jogo anedóticos, quer ao marcar faltas no ataque a Luciano. Verdadeiramente vergonhoso! Para além disso, o seu chefe de equipa, ao bom estilo da Luz, começou a mostrar-se nesta segunda parte. Cortou dois lances em que a Académica se preparava para fazer o contra-ataque, marcando falta a favor da Académica! Mostrou um cartão amarelo inexplicável a Filipe Teixeira, que depois lhe havia de valer a expulsão por acumulação de amarelos, quando cortou em falta um contra-ataque do Penafiel. Um elemento que não vai poder defrontar o Sporting! Apesar de tudo isto, o Penafiel nunca se mostrou capaz de dar a volta aos acontecimentos. Dani nunca foi chamado a intervir com dificuldade, e a Académica teve ainda mais uma oportunidade flagrante por intermédio de Serjão que, isolado frente ao guarda-redes penafidelense, atirou ao lado.
Excelente resultado, com uma exibição pouco conseguida. Importantíssimo! Agora que venha o Guimarães! Mas antes, TEMOS DE DESPACHAR OS LAGARTOS, RUMO AO JAMOR!
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