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segunda-feira, 4 de abril de 2005

MAIS UMA BATALHA GANHA. A BRIOSA VENCEU NOVAMENTE O ESTORIL POR UMA BOLA A ZERO.

No Estádio Cidade de Coimbra, com uma assistência a rondar os dez mil espectadores, disputou-se, pelas 16 horas, o jogo a contar para a 27ª jornada da Superliga, que opôs a turma da casa ao Estoril.
Os interpretes da partida, apitada pelo árbitro de Setubal António Costa, auxiliado por Bernardino Silva e Carlos Nilha, foram os seguintes:
Académica:
Pedro Roma; Nuno Luís; Zé Castro; Zé António; Vasco Faísca; Roberto Brum; Paulo Adriano (Andrade 84´); Hugo Leal (Danilo 69´); Luciano (Kenedy 62); Marcel e Dário.
Estoril:
Yannick; Rui Duarte; Buba; Dorival; João Pedro; Elias; Torres (Fellahi ao intervalo); Pinheiro; Hugo Santos (Moses 43´); Arrieta (Cissé 68´) e João Paulo.

A Académica entrou bem na partida. Com uma boa circulação de bola conseguiu, com alguma facilidade, aproximar-se perigosamente da baliza estorilista.
Ao minuto 6, no seguimento de uma rápida jogada de ataque, Marcel à entrada da área desferiu um forte remate, que foi desviado pelo guarda-redes Yannick pela linha de fundo. Do pontapé de canto resultou, ao minuto 7, o primeiro e único golo do encontro. O cruzamento arrancado pelo Hugo Leal foi encontrar, livre de marcação no interior da área, o Zé Castro que, de cabeça, atirou a contar.
A Briosa, moralizada pelo tento obtido, continuava a trocar bem a bola, a gizar boas jogadas de envolvimento, e a causar problemas à defensiva adversária.
Durante a primeira metade da primeira parte, o Estoril apenas por uma vez levou perigo à baliza da Académica. Num lance fortuito, a avançado Arrieta, beneficiando de um mau alívio do Nuno Luís, surgiu isolado na cara do Pedro Roma, mas o remate saiu ao lado do poste.
A partir sensivelmente do minuto 30, o Estoril equilibrou o jogo e, face a algum desnorte da equipa da casa, acabou a primeira parte do desafio com algum ascendente sobre a Briosa.
Os segundos 45 minutos foram dominados pelo Estoril que, por diversas vezes, pôs em sentido a defesa Coimbrã, dispondo de algumas oportunidades de golo. Porém, os remates saíram invariavelmente ao lado dos postes ou por cima da barra da baliza defendida por Pedro Roma.
Às substituições efectuadas pelo treinador do Estoril, o professor Nelo Vingada respondeu com o reforço da defesa e do meio campo defensivo.
A Académica foi recuando no rectângulo de jogo. Ofereceu o domínio territorial ao adversário e tentou contra atacar de forma rápida, o que nem sempre conseguiu.
Um remate de meia distância, efectuado aos 76 minutos pelo Brum, espevitou a equipa, passando esta a partir de então a criar alguns lances de perigo. O resultado, contudo, manteve-se inalterado.
Após o árbitro ter apitado para o final do encontro, os numerosos adeptos da Briosa festejaram efusivamente a conquista de mais três preciosos pontos. A Académica saiu da linha de água, ocupando agora a 14ª posição da tabela classificativa, com 28 pontos.

Destaques individuais na Académica
Zé Castro
Depois do puxão de orelhas que lhe foi dado no último desafio em Leiria, o jovem central da Académica rubricou mais uma excelente exibição. Para além de ter marcado o único golo da partida, esteve sempre muito bem no centro da defesa da Académica, descaiu para as faixas laterais em auxilio aos seus colegas da defesa. Jogou simples e, quando foi necessário, atirou a bola para a bancada.

Roberto Brum
Mais uma bela exibição do trinco canarinho. Passou os 90 minutos a correr, a pressionar os adversários que lhe apareciam pela frente, sentindo apenas alguma dificuldade na disputa de lances aéreos.

Hugo Leal
O médio emprestado pelo Futebol Clube do Porto, enquanto teve pernas, foi o organizador do jogo ofensivo, tendo efectuado passes milimétricos a desmarcar os homens da frente. Além disso, apoiou o Roberto Brum e o Paulo Adriano na luta do meio campo.

Destaques no Estoril
Para além do quarteto defensivo que esteve seguro, conseguindo, com maior ou menor dificuldade, controlar o tridente ofensivo da Briosa, destacaram-se, no meio campo defensivo, o brasileiro Elias, na organização do jogo, o criativo Pinheiro e, na frente de ataque, o possante Moses.

Arbitragem
Sem influência no resultado. Boa do ponto de vista disciplinar. Nem sempre boa tecnicamente, com maior prejuízo para os “estudantes”.

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