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quarta-feira, 29 de novembro de 2006

CONTAS

As contas do exercício económico que medeia entre 1 de Julho de 2005 e 30 de Junho de 2006, e que serão discutidas e votadas pelos sócios na Assembleia Geral que terá lugar amanhã, encontram-se disponíveis na secretaria do pavilhão para os associados que pretendam analisá-las antes da referida Assembleia. Foi isso que fiz.

Comecemos esta pequena análise pelo Balanço. O Activo Líquido apresenta um acréscimo de 23% em relação ao exercício anterior(de 5.380.826,07€ para 6.581.030,20€). É um valor bastante significativo pelo que tem de se considerar um facto muito positivo. Neste capitulo, devemos analisar a rúbrica "Imobilizações Incorpóreas" (onde se registam os passes e direitos desportivos de jogadores), que em termos líquidos apresenta um ligeiro decréscimo, mas se analisarmos com base no valor histórico, verificamos que também aqui se regista um acréscimo de 16,4% em relação ao último exercício. É de realçar que o valor líquido dos Imobilizados é penalizado pela política de amortizações dos mesmos que é seguida. Continuando a nossa análise, deparamo-nos com um valor nas rúbricas do Activo que nos chama a atenção: as Dívidas de Terceiros curto-prazo tem um incremento significativo em relação ao último exercício económico (de 1.440.795,72€ para 1.773.359,55€). Esta situação não é muito interessante, pois pode querer dizer que a AAC/OAF tem tido mais dificuldades em conseguir cobrar as dívidas dos seus clientes. No Relatório de Gestão vem a explicação para este incremento no valor da rúbrica. Ali se assume que este aumento não é desejável mas que não significa não cobrança dos direitos que assistem à AAC/OAF, pois 1.177.400,00€ do valor constante em Clientes C/C correspondem a facturação em nome da PPTV, da TBZ e do Corinthians Alagoano, que foi liquidada logo em Julho de 2006, o que significa que estes pagamentos só serão assumidos pelas contas do próximo exercício.

Passemos agora à análise do Passivo, nome tenebroso para muitos. Aqui salta à vista o facto de quase todas as rúbricas que o constituem terem tido um decréscimo no seu valor em relação ao último exercício, o que é bastante animador. O Passivo de Médio e Longo Prazo, ou seja, obrigações para com terceiros que terão de ser cumpridas em prazos superiores a um ano, teve uma diminuição excelente de 60% em relação ao exercício anterior (de 340.959,46€ para 136.061,00€). Por outro lado, no Passivo de Curto Prazo é de realçar a diminuição das dívidas a Instituições de Crédito, a Fornecedores C/C e a Fornecedores de Imobilizado C/C. As dívidas ao Estado têm um acréscimo de um pouco mais de 100.000,00€ o que poderá não ser um bom sinal, especialmente se estas dívidas estiverem em situação de mora. No entanto, segundo o Relatório de Gestão, não é isso que se passa. Este aumento é fruto da estimativa de IRC já contabilizada que, em face da melhoria dos resultados apresentados (como veremos mais à frente), também teve um aumento inerente. Mas,de todas as rúbricas constantes do Passivo, há uma que se realça pelo grande aumento que registou em relação ao último exercício: os Adiantamentos de Clientes. Este aumento é ainda mais significativo pois, se não se tivesse verificado, teríamos uma redução do Passivo e não um aumento como aparece no Balanço. Também aqui o Relatório de Gestão explica o que se passou: ".. se reporta a uma única entidade - Sport Lisboa e Benfica, proveniente de verbas disponibilizadas antecipadamente por conta do contrato promessa de cedência dos direitos desportivos sobre o atleta Marcel. São verbas que se traduzirão a muito curto prazo (contas da época 2006/2007) num Proveito a registar pelas contas da AAC/OAF mas que, no final do período em análise (2005/2006) terão que ser vistas como um adiantamento de verbas, embora não representem qualquer direito pecuniário sobre a estrutura financeira da Instituição". Isto quer dizer que afinal, ao contrário do que diziam os MENTIROSOS do costume, o dinheiro do Marcel sempre entrou na AAC/OAF (se tivessem todos os negócios de venda de jogadores sido assim...). Mais, apesar de o valor de 2.660.000,00€ se encontrar registado no Passivo, não quer dizer que a AAC/OAF tenha uma obrigação neste montante, ANTES PELO CONTRÁRIO! Este valor irá ser contabilizado como proveito no próximo exercício! Assim, fazendo uma análise de boa fé e sem segundas intenções, chegamos à conclusão que, se retirarmos ao valor de 12.123.383,70€ que está registado no Balanço como o total do Passivo, o valor de 2.660.000,00€ dos Adiantamentos de Clientes, passamos a ter um valor real do Passivo de 9.463.383,70€. Se compararmos com o valor registado no exercício transacto: 10.966.893,52€, temos uma redução no Passivo de 1.503.509,82€! Pode-se considerar um excelente resultado!

Depois desta notícia animadora, passemos à análise da Demonstração de Resultados. Aqui aparece-nos mais uma notícia interessante: a AAC/OAF, no exercício em análise, obteve um Resultado Líquido positivo no valor de 43.713,95€. Se a isto acrescentarmos que no exercício anterior se tinha registado um prejuízo de 1.756.468,91€, apetece-nos dizer que foi uma evolução pouco menos que espectacular. A política de contenção de custos começa a dar resultados. O total de custos no exercício em apreciação ascendeu a 6.887.390,50€, enquanto que no exercício transacto este valor ascendia aos 7.684.322,83€. No entanto, e para não se dizer que estamos a "embandeirar em arco", que estes resultados podem advir de uma questão pontual e não de uma gestão correcta e perfeitamente ajustada às necessidades prementes da AAC/OAF, fomos ver qual o valor dos Resultados Operacionais, ou seja, o valor que resulta efectivamente da exploração do negócio de uma determinada instituição. Ora bem, no exercício em análise, o valor deste Resultado é positivo: 377.879,26€, ao passo que na época anterior se saldou por um prejuízo de 1.301.350,52€. Parece-nos significativo...

Depois desta pequena análise às contas da nossa Instituição, poderemos dizer que é tudo um "mar de rosas"? Que o pior já passou? CLARO QUE NÃO! A situação económico-financeira da AAC/OAF é ainda muito preocupante. No entanto, parece-me indesmentível que o caminho que se tem vindo a percorrer é o mais indicado. Eu diria que é o único para que a nossa Briosa possa sobreviver. Só continuando com esta gestão rigorosa, apesar dos objectivos desportivos que sempre "pedem" mais recursos, é que poderemos ter um futuro...

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