Quando uma equipa está a vencer por duas bolas a zero a vinte e cinco minutos do final da partida, poucos pensam que a derrota ainda possa acontecer. Infelizmente, aconteceu à Briosa no jogo de ontem. É inacreditável que estando a vencer frente a um adversário directo na luta pela permanência não se consiga segurar o resultado.
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Nelo Vingada decidiu manter praticamente a mesma equipa que tinha iniciado a partida frente ao Porto, na última jornada. A única alteração foi a chamada de N´Doye ao onze inicial em deterimento de Ezequias. Assim a equipa escalada foi a seguinte: Dani; Pedro Silva, Zé Castro, Hugo Alcântara e Vítor Vinha; Roberto Brum, Nuno Piloto, Filipe Teixeira e N´Doye; Gelson e Joeano. A Académica dominou completamente a primeira parte do jogo na Reboleira. Atitude excelente, pressão sobre o adversário, boas trinagulações ofensivas. Numa jogada de insistência pelo lado direito JOEANO inaugura o placard, enchendo de alegria os muitos académicos que se deslocaram à Amadora. Com um golo logo à passagem doa primeiros 15 minutos de jogo, tudo fazia crer que a Briosa poderia ter uma passagem calma e proveitosa pelo estádio do Estrela. Essa sensação crescia à medida que se desenrolava o jogo. Era a Briosa que continuava a mandar. Nestas circunstâncias, foi sem surpresas que a Académica marca o 2º golo, aos 28 minutos. Espectacular jogada de Filipe Teixeira que pega na bola no meio campo, passa por todos os adversários, e finaliza da melhor maneira frente a Bruno Vale. Com dois a zero antes da meia hora de jogo todos descansaram a pensar que a vitória já não fugiria. Erro crasso!
A segunda parte não tem nada a ver com a primeira. A Académica já não consegue comandar o jogo. O Estrela demonstra ter grande querer e determinação e não se deixa vergar perante os dois golos de desvantagem em casa. Apesar de ser o Estrela a dominar, aos 18 minutos a Académica podia ter sentenciado a partida quando Gelson aparece isolado frente a Bruno Vale, mas o brasileiro não conseguiu marcar. Dois minutos depois o Estrela marca o seu primeiro golo, depois de uma jogada muito confusa a bola sobra para Manu que, sem marcação, não tem dificuldade em atirar para o fundo da baliza. Se o Estrela já estava a carregar, depois do golo, previam-se 25 minutos finais muito dificeis para a Briosa, o que, de facto, viria a acontecer. Nelo Vingada só pouco antes da meia hora da 2ª parte começa a mexer na equipa. Decide-se por fazer entrar Luciano para o lugar de Joeano. Cinco minutos depois o professor decide dar mais força ao lado esquerdo do meio campo e faz entrar Ezequias para o lugar de N´Doye. Não aparecia a tranquilidade para a Briosa e o Estrela continuava a acreditar. Apesar disto a Académica tem mais duas excelentes oportunidades por intermédio de Luciano e Ezequias, que atirou à barra. Depois disto, vem o descalabro. Mesmo sobre o minuto 90 Rui Borges recebe a bola isolado, em posição de fora de jogo, e remata sem hipóteses para Dani. No último minuto dos 6 de compensação, com a Briosa a jogar com 10 unidades por expulsão por acumulação de amarelos de Pedro Silva, o Estrela consegue o golo da vitória, novamente por Rui Borges, com toda a defesa a ver jogar, especialmente Hugo Alcântara que na sua área de acção, deixa um jogador com 1,70m de altura cabecear sem oposição para o fundo da baliza.
Péssimo resultado frente a um adversário directo, agravado ainda pelas circunstâncias como decorreu a partida. Agora, continuam a faltar, pelo menos, 6 pontos para a tranquilidade. Temos de vencer a Naval na próxima jornada e tentar fazer mais 3 pontos rapidamente, por forma a não estarmos obrigados a vencer na última jornada!
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