A vida mudou há dois meses para Sougou. Foi a 28 de Novembro que Samih nasceu, fruto do casamento com Patrícia, que decorreu a 17 de Janeiro, do ano passado, no Senegal. "Foi a melhor coisa da minha vida", diz o dono da camisola 18 da Académica, que agora vê "a vida de forma diferente". A criança, garante o pai, "não dá problemas", mas, em breve, Sougou vai ter por perto mais uma ajuda para encarar a nova realidade: a sua mãe vai passar algum tempo na cidade do Mondego.
Em Portugal desde 2004/2005, altura em que veio representar o Leiria, tendo posteriormente actuado também no Setúbal, o extremo reconhece que encontrou "algumas dificuldades" nos primeiros tempos, no entanto, com calma e persistência, afeiçoou-se ao solo português, especialmente por causa do "clima" e da "simpatia" das pessoas, de tal modo que já considera o País uma segunda pátria. A língua portuguesa já foi um entrave maior para Sougou, porém, uma vez que a mulher nasceu em França, o idioma utilizado no dia-a-dia é o francês. Mesmo assim, não dispensa a consulta diária dos jornais "para aprender" a língua de Camões, mas também "para saber o que se passa no Mundo".
Mas se, fora das quatro linhas, as coisas estão a correr lindamente, dentro do campo, o senegalês começa a provar o porquê de a Briosa ter insistido tanto na sua contratação. Após o "episódio" menos feliz no Estádio do Dragão - foi expulso e cumpriu duas partidas de castigo -, Sougou regressou com fome de bola e, para além do golão na Figueira da Foz, assinou duas brilhantes actuações, em Setúbal (para a Taça da Liga) e, no domingo, na recepção ao Vitória de Guimarães. "Agora, fisicamente, estou melhor. Não fiz a pré-época, porque estive lesionado. Agora, trabalhei muito e estou cada vez melhor", explica, deixando claro que não pensa noutros clubes. "O mais importante é a Académica. Estou a trabalhar para dar o meu máximo. Se quero ter um bom futuro, tenho de fazer primeiro um bom trabalho na Académica. Tenho de jogar cada jogo como se fosse o último."
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